Um Elefante Para Chamar de Meu na Tailândia

Escrito em 14/12/2014 | Atualizado em 05/07/2021

Texto: Mônica Morás | @monicamoras Fotos: Eduardo Viero | @eduviero e Mônica Morás

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Edit 2017: Esse relato abaixo é de 2014. Na época eu não fazia ideia do mal que estava fazendo para os animais. Eu julgava que apenas não ter a cadeirinha já era sinal que estava tudo bem. Mas não, eu estava errada. E que bom que as pessoas evoluem e reconhecem seus erros.

Eu fui num lugar que hoje já não recomendo. O único lugar que tenho certeza que resgata e cuida dos elefantes é o Elephant Nature Park. Assim como qualquer hotelzinho se julga resort, qualquer lugar com elefantes pode se julgar santuário. Mas não é. Todo cuidado é pouco na hora da escolha. Apesar disso, eu recomendo sim o contato com os elefantes para entender o porquê tantas pessoas os defendem.

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Era sábado e a emoção já tomava conta de mim desde a noite anterior, afinal era dia de ter o meu próprio elefante. O pessoal do parque veio nos buscar e depois de aproximadamente uma hora chegamos no lugar, pertinho de Chiang Mai. Não era exatamente aquilo que eu esperava, mas a culpa era da expectativa que eu havia criado desde quando decidimos passar pela Tailândia. 

Depois de vestirmos o uniforme padrão, a primeira coisa que fizemos foi alimentar nosso elefante, o Doud. Ele era tão comilão que nem esperava eu ter bananas na mão para vir cutucar meus braços com a tromba em busca de comida.

E nessas até um beijão eu ganhei! Até mesmo deitado ele vinha até a minha mão em busca de comida. Os outros dois elefantes vieram literalmente correndo em busca de comida e carinho. Ah, e quem não gosta de ganhar carinho e comida, né?! E não era fome, porque eles tinham comida a vontade, pelo que vimos.

Deixei ele de barriga cheia e fui aprender como era o mahout, a técnica de comandar o elefante, mas sem coisas torturantes para eles ou circenses. Com alguns comando simples, o grandalhão anda, pára, faz a volta, abaixa e levanta. Depois de muito carinho, fomos andando até o rio. 

Foi um passeio curtinho, afinal estava muito calor e o que menos queríamos era estressar nosso amigão. Devo dizer que ele parou algumas vezes para pegar água e se refrescar e quase nos refrescar também. 

No rio, ele pôde finalmente relaxar. E a primeira coisa que ele fez foi deitar! Ele queria nos ver, então se ficássemos esfregando as costas dele sem que ele nos visse, rapidamente ele fazia a volta e causava ondas no rio rasinho. 

Depois de alguns jatos de água e muito carinho, nos despedimos do Doud já como entendimento que eles só tem tamanho mesmo, porque por dentro são pura ternura e amor. Existem sim lugares que exploram os elefantes até a exaustão para o deleite de turistas desavisados. A dica é pesquisar sempre antes para não se arrepender e nem se sentir culpado por ter feito mais um elefante sofrer.

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Somos Eduardo e Monica e estamos viajando o mundo desde 2014 e trabalhando com fotografia. O blog fala de viagem e fotografia e moramos no Sudeste Asiático, na Tailândia.

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