Conheça o Museu da Pharmacia em Ipoema
Texto: Mônica Morás | @monicamoras Fotos: Eduardo Viero | @eduviero
O Museu da Pharmacia José Gomes da Silveira é um acervo de centenas de itens de vidrarias de farmácias. Um acervo de mais de 200 anos que ainda é preservado pela Tomás Silveira, quem nos explicou tudo sobre o museu. Conhecemos o museu quando estivemos em Ipoema durante o roteiro do Circuito do Ouro de Minas Gerais.
O local é pequeno e chama atenção pela conservação e atenção do Tomás que fez questão de explicar sobre tudo, como os procedimentos farmacêuticos da época, os frascos e instrumentos utilizados. Ele, que é farmacêutico, nos contou que o museu já era um projeto antigo, do seu pai. Infelizmente o pai não teve tempo em vida para fazer a vontade do avô e criar o museu.
O Tomás ficou com o acervo nos últimos anos por ter sido o único na família que seguiu os passos na farmácia. José Gomes da Silveira, o avô, se formou farmacêutico em 1906, em Ouro Preto.
Além da vidraria, o Museu da Pharmacia de Ipoema ainda abriga livros antigos, datados dos anos 1800, redigidos em francês e outras línguas, algo comum no passado. Naquela época, o farmacêutico, além de ter que dominar toda arte das fórmulas, muitas com cozimento, tinha que saber outras línguas por causa das receitas que vinham em outros idiomas prescritos pelos médicos. A maioria dos produtos também vinham de fora, como França e Alemanha.
Entre os itens curiosos, os que mais nos chamaram a atenção foram o redutor de rolhas em forma de um cachorrinho, os pesinhos para pesar os remédios, a forma como eram feitos os comprimidos, como hóstias. Inclusive, antigamente nem se chamava farmácia, era botica.
O Museu da Pharmacia José Gomes da Silveira já está catalogado pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e ele é o 2º Museu de Farmácia de Minas Gerais e o 5º Museu de Farmácia do Brasil, registrado.
O museu recebe visitantes do mundo todo. Quando visitamos, ele ficava na frente do museu do tropeiro, porém atualmente fica no segundo andar da rodoviária, ao lado do antigo ponto. Ele abre todos os dias. Todos os recursos do museu vem de doações da comunidade. Não há cobrança para a visitação, a doação é espontânea. Veja o Facebook do museu.
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