Ubud, A Cidade da Cultura e Arte Em Bali
Texto e Fotos: Mônica Morás
Quando planejamos nossa ida para Bali na Indonesia, logo descartamos a ida para as praias, porque ninguém falou coisas boas delas. Queríamos algo que representasse melhor a ilha do que gente bêbada e praia sujas, e por isso escolhemos Ubud, dita como a verdadeira Bali. Em parte, mentiram para nós!
A verdade é que sim, Ubud é a cidade mais cultural e artística da ilha em que o hinduísmo é bastante forte, que os templos que estão por todos os lados são abertos a visitação e que as famílias um poucos mais afastadas das ruas principais ainda preservam em suas casas seus próprios templos.
Nós ficamos na casa de uma família tradicional que fazia suas orações diariamente, tinha um espaço dedicado a celebração da vida e outro dedicado a despedidas dos mortos. Uma família autiêntica no meio da loucura comercial que se tornou a cidade.
Ubud em si é bem tranquila e por ser uma cidade bastante segura e com todo o alvoroço causado pelo brasileiro charmosos que circulava por lá, segundo o livro Comer, Rezar, Amar, existem muitas mulheres viajando sozinhas. Outra verdade é que dali é possível ir para vários lugares mais facilmente, como para as ilhas Gili, os terraços de arroz e as fábricas de materiais em madeira, prata e seda.
A parte ruim é que as fábricas de materiais em madeira, prata e seda são falsas e apenas estão lá para vender tudo a preços abusivos, com funcionários que fingem ser artesãos. As verdadeiras fábricas são menores e ficam espalhadas por cidades menos conhecidas. E os melhores preços estão em Denpassar, na rodovia que vai para Kuta.
Outra verdade é o que a cidade tem de pequena, tem de cara. Os estrangeiros que abriram comércio por lá e suas galerias de arte cult esqueceram que a realidade do país é em rúpias e não em dólares ou euros. A salvação são os pequenos restaurantes locais com cardápio local, como Mie Goreng e Nasi Goreng. Não tem erro, a comida é uma delícia e com preço justo! Menos a cerveja, a Bintang, pois essa tem preço tabelado, afinal estamos falando de um país muçulmano.
Entre as coisas para fazer estão caminhar pela cidade e encher os olhos sem esvaziar os bolsos (negociar é regra!), visitar os templos abertos ao público e a Floresta dos Macacos e quem sabe, alugar uma scooter e encarar o trânsito "pesado" da cidade. Também tem os shows de dança, aulas de yoga, ver o nascer do sol do alto da montanha e pegar um motorista e andar pela ilha para conhecer os templos, terraços de arroz, experimentar o famosos café de Bali, o Kopi Luwak que o bichinho come e a semente sai nas fezes dele, etc.